quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Nada de poesia, mas muita putaria e muita coxinha


Estou super triste com essas história do mensalão e por tantos motivos tenho estado mega triste com a política nacional.
Mas, de verdade, como me irrita esse mimimi da classe média que descobriu política antes de ontem à noite e bebe o vômito da rede globo.
Na boa, essa história do mensalão é uma merda, uma decepção sem fim, mas puxa, já aconteceu coisa por aqui. E como! Parece que o mensalão é o primeiro escândalo do Brasil. Para mim, pessoalmente, é o pior, porque votei em algumas pessoas que estão ali. Agora, não é o primeiro, nem o maior esquema que esse país já viu. Oxalá, fosse.
Tem um diálogo no Two and a Half Men em que o Jake descobre que seu pai, Alan, está tendo um caso com a mãe de seu melhor amigo e fica super bravo com ele. Aí, o Alan diz, puxa! seu tio (Charlie) já ficou com suas professoras e mães de namorada e tals, e você nunca ficou bravo com ele. Aí o Jake diz, bom, isso é esperado dele, mas de você eu não esperava.
Acho que o problema da população com o mensalão e todas as coisas que rolam nos últimos governos é esse: a gente não esperava isso do PT. Bom, a mídia direitosa nada de braçada em cima dessa decepção. De qualquer forma, a culpa não é de ninguém senão daqueles que são os culpados e montaram o esquema e enfim...
Ainda assim me irrita o comportamento crítico dos coxinhas mimimimi. Tenho direito de ficar irritado, eu acho. Faço parte de uma galera que vem tentando debater política (governamental, de gênero, de raça, todo tipo de política) há duzentos anos com essa classe média besta brasileira. Aí, a globo fala para eles o que é e o que não é, e todo mundo se acha politizado agora. hapaputaqueopareo!
É legal sempre perguntar para um coxinha indignado: ah é? você está bravo? me conta o que aconteceu? qual era o esquema do mensalão? e ver a cara de trouxa do trouxa que estava se esgoelando até agora querendo justiça. As pessoas mal se informam realmente sobre o que aconteceu.
E eu também sou outro trouxa. Fazer o quê. Achei que ia ser diferente. E ainda por cima, parei de debater. Por que não debato mais? Por que sou brasileiro e não debato nunca! Tenho preguiça de debater, mas não de reclamar.


Descrição perfeita de um coxinha mimimi: preguiça de debater ou tomar atitude sobre coisa séria, não de reclamar, disposição eterna para achar não sei que um absurdo. Esforçar-se muito mais do que deveria para conseguir alguma coisa e chamar quem não faz o mesmo ou aponta a dificuldade de vagabundo. Sexy, né? Só que não.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

cio

ela tava com coceira- parecia
sentava, encostava, inclinava
mexia-se e mexia e mexia
batia a perna.
roçava a nuca.
tremia

ou era o vento aquele bico de peito arrepiado
ou era eu

não é bonito, mulher querendo dar?

delícia de cio
e com a força que ele vem
quase nada assenta

na boca tantas palavras,
mas nada - exceto a língua - que me interesse

me apetece uns minutos pra olhar
antes de dar a ela o quase que ela quer
e merece
e que faça a-ssentar

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

sábado, 1 de novembro de 2008

Com três comprimidinhos desses
e uma tacinha desse vinho, eu, talvez, vá:
comer o rabo delicioso da Marylin Monroe no céu
ou
ser enrabado pelo demo no inferno
E, ainda:
matar uns tantos imbecis de culpa
ou
uns bons e amados amigos de saudade

E, muito provavelmente:
Dar cabo de uma existência bem mais vazia e alcolátra que poética.
ou:
Acordar no HC, com uma sonda mais grossa que minha pica na garganta.

Malditos 50% da vida.
Ai, se o rabo da Monroe fosse certeza...

Mas eu tenho que trabalhar
prazos pra cumprir
bucetas pra chupar
e umas putarias pra escrever

Viva as possibilidades e as declinações verbais!
Solidão para a Ira:
-De mim você não escapa.


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Eu nunca ameaçaria, eu sou um lord.
Quando eu me levantar pra sair, amor.
Não vou avisar, nem fazer alarde.

Olhando pra minha mão nessa sala,
eu procuro duas ou três miudezas
três ou quatro razões
e qualquer, alguma certeza
pra não te virar a mão
nem dizer meia indelicadeza.

Quão besta, você pensa que eu sou
Quão boa, você acha que é

E se eu não saio agora dessa merda de sala
É porque você vai se achar o sol que me cega

Enquanto você se desculpa e nega
Eu penso que você é só a gota
que transbordou esse balde

com silêncio e sem alarde
não hoje
mas eu vou