sábado, 1 de novembro de 2008

Com três comprimidinhos desses
e uma tacinha desse vinho, eu, talvez, vá:
comer o rabo delicioso da Marylin Monroe no céu
ou
ser enrabado pelo demo no inferno
E, ainda:
matar uns tantos imbecis de culpa
ou
uns bons e amados amigos de saudade

E, muito provavelmente:
Dar cabo de uma existência bem mais vazia e alcolátra que poética.
ou:
Acordar no HC, com uma sonda mais grossa que minha pica na garganta.

Malditos 50% da vida.
Ai, se o rabo da Monroe fosse certeza...

Mas eu tenho que trabalhar
prazos pra cumprir
bucetas pra chupar
e umas putarias pra escrever

Viva as possibilidades e as declinações verbais!
Solidão para a Ira:
-De mim você não escapa.


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Eu nunca ameaçaria, eu sou um lord.
Quando eu me levantar pra sair, amor.
Não vou avisar, nem fazer alarde.

Olhando pra minha mão nessa sala,
eu procuro duas ou três miudezas
três ou quatro razões
e qualquer, alguma certeza
pra não te virar a mão
nem dizer meia indelicadeza.

Quão besta, você pensa que eu sou
Quão boa, você acha que é

E se eu não saio agora dessa merda de sala
É porque você vai se achar o sol que me cega

Enquanto você se desculpa e nega
Eu penso que você é só a gota
que transbordou esse balde

com silêncio e sem alarde
não hoje
mas eu vou
Nunca mais quero te ver
descabelada e desesperada
me pedindo qualquer coisa

Quando eu te vi pela primeira vez
você era pose, força e arrongância

Altivez

Se eu te fiz me olhar e falar comigo
E te abri as pernas, o coração
e a guarda
E te pus no chão e te fiz chorar

Altivez

Eu sempre soube

Eu nunca te fui digno

Eu sou prevísivel, sou padrão

E nunca te fui digno

E sempre soube

É sua vez.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

relógio de pulso

Laís e eu tiramos os relógios de pulso
antes de subir na cama;
é porque a gente quer mais é se foder,
e o tempo que se foda.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

de baixo pra cima

Olhei-a de baixo pra cima
Fechou a cara, fez que não gostou.
Adianta chiar não, princesa.
Foi com os olhos, mas foi comida.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

uma tarde de setembro *

p/ Laís

Sexta feira e coisas que me trazem alegria:
pra começar, fim de dia;
pra terminar, mão macia
de namorada no meu pau.
Enquanto isso, chuva.

introdução

Uma moça, querida, deliciosamente querida. Disse-me uma vez que muitos morrem não lidos. Eu penso que não valho nem o que escrevo, mas como atendo a quase tudo que me pede uma mulher, criei o blog.

Ela me ensinou outra coisa, que todas as putarias devem ser dedicadas - nas palavras dela. Assim sendo: minhas putarias não serão nem perdidas e nem soltas. Sim, dedicadas.

Temos, aliás tínhamos um amigo, poeta e puto, maior de todos, que desistiu desse mundo. Pediu a conta. Morreu não lido, muito desafortunadamente, porque o puto de um filho escrevia, mas deixou uma lição muito valiosa em matéria de putaria:

toque a flor de maneira exata.